Protesto na Refinaria Abreu e Lima
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Do G1 PE
Os trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, cruzam os braços, hoje, em adesão ao protesto nacional de petroleiros contra o corte de investimentos na Petrobras. No estado, a redução vem provocando demissões constantes na Rnest, segundo o Sindicato dos Petroleiros de Pernambuco (Sindpetro-PE). Por isso, a categoria faz um ato em frente à refinaria, situada em Ipojuca, no Grande Recife, nesta manhã.
Os petroleiros pernambucanos pararam de trabalhar à meia-noite de quinta, iniciando uma paralisação de 24 horas. Eles também se concentram em frente à Rnest desde as 5h30 desta sexta. Segundo o Sindpetro-PE, a adesão ao movimento foi total na refinaria. Funcionários administrativos da Transpetro também param nesta sexta. Por isso, apenas uma das 16 operações da empresa está funcionando, segundo o Sindpetro. O movimento ainda recebe apoio da Central Única de Trabalhadores (CUT-PE).
A Polícia Militar acompanha a manifestação e informou que o movimento segue pacífico. Os trabalhadores se reúnem na PE-09, em frente à Rnest, mas deixam livre o acesso ao Complexo de Suape. Segundo a PM, foi feito um acordo com a direção da refinaria para que os ônibus de trabalhadores parassem no local para que os interessados ficassem no protesto.
Segundo Marcos Aurélio, coordenador do Sindicato dos Petroleiros em Pernambuco, a manifestação é em defesa da Petrobras e dos brasileiros. “O movimento tem um viés político, porque parar a Petrobras é parar o Brasil. Estamos tendo vários impactos econômicos por conta dos cortes de investimentos. Estão fazendo demissões gerais dentro das empresas e muitos empreendimentos estão com obras paradas. A empresa se manifestou querendo atender aos acionistas, mas o maior acionista da Petrobras são os brasileiros e eles estão sendo punidos”, afirma.
Para ele, a maior consequência negativa são as demissões. “Soube que, só nesta semana, 300 pessoas foram demitidas na Refinaria Abreu e Lima. Em dezembro, nós tínhamos 40 mil trabalhadores. Mas, hoje, esse quadro foi reduzido para 3,5 mil”, denuncia. Marcos Aurélio ainda diz que o novo plano de investimento da Petrobras “apresenta várias decisões ruins para o trabalhador e para o Brasil". No final de junho, a empresa informou que pretende investir US$ 130,3 bilhões nos próximos quatro anos – uma redução de 34,7% em relação ao plano anterior.
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