Dilma "comemora" os 21 anos do Plano Real com a maior inflação em junho desde 1996. Ela e o PT estão destruindo a estabilidade econômica do país, com "unhas e dentes".
No último dia primeiro de julho, o Real completou 21 anos. E ainda
resiste apesar de Dilma e do PT. Hoje os jornais publicam que o mês de
junho teve uma inflação de 0,79%, a maior desde 1996. Em 12 meses, o
índice acumula alta de 8,89%, bem acima do teto da
meta estabelecida pelo governo, que é de 6,5%, é mais do que em igual
período do ano passado (8,47%). O acumulado em 12 meses é o maior desde
2003, quando ficou em 9,30%.
No ano, o índice já está bem perto do teto, fechando o primeiro
semestre em 6,17%, bem acima dos 3,75% dos primeiros seis meses do ano
passado. Em junho de 2014, o IPCA ficou em 0,4%. A inflação encerrou o ano
passado com alta acumulada de 6,41%, puxada por energia e alimentos. Em
maio deste ano, o indicador ficou em 0,71%, maior taxa para aquele mês
desde 2008.
Apesar das sucessivas altas nos juros — uma forma de inibir o consumo e,
assim, conter preços —, o mercado financeiro continua a subir suas
projeções para a inflação neste ano. O boletim Focus da última
segunda-feira mostra que a mediana das previsões para o IPCA do ano
subiu pela 12ª semana consecutiva. Agora, a expectativa é que o índice
feche 2015 em 9,04%.
Dilma e o PT vão conseguir destruir a nossa economia. Dilma é cada vez
mais uma mulher de Atenas. Não a da música. A da economia.
Para pressionar instituições, Dilma e o PT tentam golpe midiático. Oposição reage defendendo e garantindo investigações.
(Estadão) A ofensiva da presidente Dilma Rousseff para tentar conter a escalada
da atual crise política provocou nesta terça-feira, 7, reações entre
governistas e oposição, que trocaram acusações de “golpismo” e colocaram
o tema do impeachment e de qualquer outra forma de abreviamento do
atual mandato dela no centro da agenda pública do Palácio do Planalto e
do Congresso.
Em entrevista publicada pelo jornal Folha de S.Paulo, Dilma
afirmou: “Eu não vou cair, eu não vou. Isso é moleza, é luta política.
As pessoas caem quando estão dispostas a cair. Não estou. Não tem base
para eu cair”. Ela também desafiou a oposição a derrubá-la: “E venha
tentar, venha tentar”. Conforme mostrou o Estado ontem, Dilma prometeu,
em conversas reservadas com seus assessores, defender seu mandato “com
unhas e dentes”.
Em nota, o senador Aécio Neves, presidente do PSDB, reagiu.
“Na verdade, o discurso golpista é o do PT, que não reconhece os
instrumentos de fiscalização e de representação da sociedade em uma
democracia.” Para a oposição, Dilma assumiu um discurso de vitimização
para barrar as investigações relativas ao governo e à campanha
presidencial.
Logo no início da tarde, Aécio divulgou nota apontando o que chamou de
estratégia para “constranger” e “inibir” a ação das instituições, como o
TCU, responsável pela análise das contas de governo, e o Tribunal
Superior Eleitoral, que investiga as contas de campanha de Dilma (mais
informações nesta página).
“Tudo que contraria o PT, e os interesses do PT, é golpe! O
discurso golpista do PT tem claramente o objetivo de constranger e
inibir instituições legítimas, que cumprem plenamente seu papel”,
afirmou em nota o senador tucano.
Em São Paulo, mesmo o governador Geraldo Alckmin, considerado um
moderado dentro do partido, também criticou Dilma. “Eu acho que ela
(Dilma) foi infeliz (nas declarações). Nós (da oposição) cumprimos a
Constituição. Os fatos é que decidirão o futuro. Nós temos é o dever de
cumprir a Constituição e apurar as coisas. Ninguém deve ter medo de
apuração, de investigação”, afirmou o governador paulista.
Reação. Na entrevista, a presidente disse que
as previsões de que não termina seu mandato partem “do ponto de vista
de uma oposição um tanto quanto golpista”. A ofensiva de Dilma foi
comemorada por setores do PT que achavam a presidente “apática” diante
da crise. A bancada petista no Senado divulgou nota dizendo que “Aécio
Neves parece cada vez mais inspirado pelo espírito golpista (...) e
deveria se inspirar mais na figura democrática e visceralmente
antigolpista de seu avô, Tancredo Neves”.
Reservadamente, o conteúdo das falas de Dilma, no entanto, não
gerou consenso entre os governistas, temerosos de que ela tenha
colocado o tema no centro da agenda política. Depois de ter divulgado a nota, Aécio disse que a presidente
deveria se preocupar mais com as movimentações dos seus aliados.
“Deixo
aqui para ela (Dilma) uma sugestão: se ocupe cada vez menos da oposição e
se preocupe mais com seus aliados”, afirmou o senador. Integrantes do
PMDB procuraram a cúpula tucana para sondar qual seria a receptividade
do partido em relação a um eventual governo do vice-presidente da
República, Michel Temer.
O presidente nacional do DEM, senador Agripino Maia (RN),
disse que Dilma tem de provar a sua inocência em relação às acusações e
não se fazer de vítima. “A presidente parece achar que a vitimologia
será mais forte do que os argumentos jurídicos contidos nas ações que
ela terá que enfrentar no TCU e no TSE.”
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