quarta-feira, 22 de julho de 2015

Dilma mobiliza ministros antes da defesa

O governo Dilma Rousseff vai entregar, hoje, um documento com mais de mil páginas ao Tribunal de Contas da União, no prazo final dado pela corte para que a presidente esclareça distorções, como as "pedaladas fiscais", indicadas pelos auditores nas contas federais de 2014.
Nas 110 páginas de esclarecimentos e cerca de 900 em anexos, o governo espera, a partir de agora, convencer os ministros do TCU a mudar a tendência de dar parecer pela rejeição do balanço que descreve a situação financeira, contábil e patrimonial da União.
Uma eventual reprovação seria inédita em 78 anos de análise. A véspera do "dia D" para a presidente foi marcada por ansiedade. Dilma conduziu uma nova rodada de reuniões com ministros e presidentes de bancos públicos no Palácio da Alvorada para decidir o tom da defesa. Uma coletiva à imprensa está agendada para ocorrer amanhã.
O governo quer "vencer a batalha de comunicação", segundo uma fonte que participou dos encontros. Como revelou ontem o Estado, a defesa está calcada em comparações com 17 Estados e também com o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso.
Dilma sustentará que os atrasos nos repasses do Tesouro Nacional à Caixa Econômica Federal, que precisou usar recursos próprios para continuar pagando em dia programas sociais, não infringiram a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Além disso, essa prática, chamada de "pedalada fiscal", foi usada também por governadores e vem sendo repetida, de forma pontual, desde 2000, quando o Palácio do Planalto era ocupado por FHC.

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